Risco de crédito: O que é e como é calculado?

A análise de risco de crédito é fundamental para qualquer negócio que ofereça crédito. Ela permite avaliar probabilidades e muito mais. Leia a seguir:

você sabe o que é risco de crédito?

Você já ouviu falar sobre risco de crédito? Este conceito é crucial para a saúde financeira de qualquer empresa.

Neste artigo, abordaremos o que é risco de crédito, a importância de calculá-lo e como fazê-lo de maneira eficiente para reduzir esse risco em sua empresa.

O que é risco de crédito?

De acordo com o dicionário da língua portuguesa, risco refere-se à “probabilidade de perigo” ou “ameaça”. Por outro lado, crédito significa “confiança, crença baseada nas qualidades de uma pessoa ou coisa; segurança de que alguém ou algo é capaz ou veraz”.

Portanto, o risco de crédito é literalmente a ameaça de quebra de confiança, quando alguém demonstra ser incapaz de cumprir um compromisso assumido.

No cenário financeiro, que envolve transações monetárias, como empréstimos, parcelamentos de compras, financiamentos ou emissão de cartões com limite, o risco de crédito representa exatamente a probabilidade de o cliente não saldar o valor devido, tornando-se inadimplente.

Os C’s do crédito

Os C’s do crédito são amplamente utilizados quando tratados na teoria da concessão e análise de crédito. São eles: Capacidade, Colateral, Caráter, Condições e Capital.

Esses elementos possibilitam analisar se um cliente específico será capaz de cumprir seus compromissos financeiros. Confira mais sobre cada um a seguir:

Caráter

O histórico de crédito do cliente é minuciosamente examinado para avaliar sua capacidade em manter as obrigações financeiras em dia. Empresas frequentemente consultam os registros de crédito dos clientes para determinar o risco de inadimplência, sendo o Serasa uma ferramenta valiosa para essa avaliação, permitindo a análise do perfil de crédito e histórico de pagamentos com base no CPF ou CNPJ.

Capacidade

A capacidade financeira do cliente é analisada para determinar se ele possui os meios para honrar seus compromissos financeiros. Isso pode envolver questionamentos sobre os rendimentos mensais e suas fontes, bem como outras informações financeiras relevantes.

Capital

O capital da empresa é examinado para determinar a quantia disponível para pagamento de contas, incluindo valores em dinheiro e outros ativos líquidos. O objetivo é verificar se o cliente possui recursos suficientes para cobrir os pagamentos acordados.

Condições

As condições da transação são levadas em conta ao avaliar a capacidade do cliente de cumprir seus compromissos. Isso inclui considerações sobre descontos por pagamento antecipado, opções de parcelamento ou ofertas especiais para clientes leais.

Colateral

Por último, mas não menos importante, o colateral desempenha um papel crucial na avaliação do risco de crédito, pois analisa as garantias oferecidas pelo cliente, como propriedades ou outros bens, que podem ser usados para recuperar o valor em caso de inadimplência.

Portanto, é imperativo que as empresas conduzam uma avaliação meticulosa dos riscos associados aos seus clientes antes de conceder crédito. Ao considerar os “C’s do crédito”, as empresas podem tomar decisões mais assertivas, oferecendo um serviço mais eficiente aos clientes e garantindo uma gestão saudável dos riscos de crédito.

Por que a análise de risco de crédito é importante?

A análise de risco de crédito é fundamental para qualquer negócio que ofereça crédito. Ela permite avaliar a probabilidade de falha de um cliente e, consequentemente, tomar decisões mais informadas sobre concessão de crédito, termos de pagamento e medidas de mitigação de riscos.

Você também pode se interessar por: Ação Extrajudicial de Cobrança: Por que adotá-la em sua empresa?

Como funciona a análise de risco de crédito na prática?

Todos os dias, as instituições correm o risco de nunca mais verem a cor do dinheiro que emprestaram. É por isso, inclusive, que existe a cobrança de juros nessas operações. Os juros também são uma forma de tentar compensar o risco que se corre ao conceder crédito. 

E como funciona na prática? De forma geral, quando se faz uma análise de crédito, é verificada a situação financeira atual do solicitante, sua renda e o seu relacionamento com a empresa credora e o mercado (histórico de pagamentos e movimentações financeiras). 

Depois, os clientes são classificados em dois grupos de risco: 

  • Risco de primeira classe: quando o crédito tem grandes chances de não ser quitado. Em casos assim, a instituição financeira pode optar por não liberar o valor solicitado ou fazer a aprovação do crédito com condições menos atrativas (prazos para pagamento mais curtos, taxas de juros mais altas ou exigência de garantias).
  • Risco de segunda classe: quando a empresa entende que sofre menos riscos ao oferecer crédito para um cliente. Aqui, os valores liberados e as condições de pagamento costumam ser mais interessantes.

Mas é importante ressaltar que os critérios avaliados na análise de risco de crédito variam de uma instituição para outra, já que cada uma tem sua política interna.

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Como calcular o risco de crédito corretamente?

O cálculo do risco de crédito não é matemático, então não existe uma fórmula para você aplicar na sua empresa. Este “cálculo” é feito e mensurado de acordo com as pesquisas realizadas sobre seus clientes. 

Mesmo se sua empresa for pequena, é possível consultar o CPF ou CNPJ do cliente, solicitar comprovante de renda e de endereço antes de liberar algum tipo de crediário ou fazer uma venda a prazo, por exemplo. 

Assim, o que você pode fazer para minimizar o risco de inadimplência nas suas vendas é:

  • Ter uma ficha cadastral atualizada dos seus clientes;
  • Classificar os perfis financeiros dos clientes (se pagam em dia, se você já teve algum problema para receber, etc);
  • Contar com o auxílio de ferramentas de cobrança
  • Controlar e acompanhar as finanças da sua empresa de perto;

Muitas empresas acabam fechando as portas por causa da inadimplência, que é a incapacidade de honrar os compromissos financeiros assumidos. Por isso, é importante fazer a gestão do risco de crédito para evitar esse problema. 

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Especialista em marketing, redatora de conteúdos financeiros, fã de Taylor Swift e apaixonada por boas histórias.

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