Empréstimo para pagar dívida: vale a pena?
Descubra se um empréstimo para pagar dívida é a solução ideal para suas finanças e como pode aliviar suas preocupações financeiras.
Quando as dívidas começam a se acumular, cartão de crédito no limite, cheque especial utilizado todos os meses, parcelas atrasadas e pequenos débitos que viram uma bola de neve, é natural surgir a dúvida: será que vale a pena pegar um empréstimo para quitar tudo de uma vez?
A resposta é: depende do tipo de dívida que você tem e das condições do novo empréstimo. Mas, em muitos casos, a estratégia pode sim ser vantajosa.
Por que considerar um empréstimo para pagar dívidas?
A principal razão para considerar um empréstimo para pagar as dívidas é simples, trocar dívidas caras por uma dívida mais barata.
Cartão de crédito e cheque especial, por exemplo, estão entre as linhas de crédito mais caras do mercado brasileiro. O Banco Central do Brasil aponta que o rotativo do cartão pode ultrapassar 400% ao ano, e o cheque especial costuma ficar acima de 100% ao ano.
Se você está pagando juros tão altos, faz sentido avaliar um empréstimo com taxa menor. Linhas como crédito pessoal com garantia, consignado ou empréstimos com taxas fixas podem custar muito menos.
Dessa forma, é possível quitar de uma vez e passar a dever somente para um credor, em um contrato mais organizado e previsível.
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Vantagens de centralizar suas dívidas
A seguir, listamos as principais vantagens em centralizar suas dívidas para uma só dívida.
1. Juros mais baixos
Quando os juros do novo empréstimo são menores que os juros das dívidas atuais, a economia pode ser significativa.
Segundo a Serasa, qualquer modalidade de crédito que tenha juros menores que os já contratados pode ser utilizada para consolidar as dívidas, é o famoso ato de ‘trocar dívidas mais caras por uma mais barata’.
2. Simplicidade na organização
Ter várias dívidas espalhadas aumenta a chance de esquecer um pagamento, pagar juros por atraso e perder o controle das finanças.
Com um empréstimo único, você passa a lidar somente com uma parcela. Isso reduz o estresse, evita atrasos e facilita o planejamento mensal.
3. Fim do ciclo da bola de neve
Quando quase toda a renda fica comprometida com dívidas e juros altos, é comum recorrer ao cartão de crédito para despesas básicas. Isso cria um ciclo perigoso.
Ao centralizar tudo em um empréstimo com juros menores, é possível reduzir o comprometimento do orçamento, sobrar dinheiro no final do mês e, aos poucos, sair da situação de aperto.
Nem sempre o empréstimo é a melhor opção
Existem casos em que um empréstimo não vale a pena. Antes de contratar, considere:
1. O prazo pode ser maior
Empréstimos mais longos dão parcelas menores, mas podem aumentar o custo total.
2. Cuidado com crédito fácil
Se a oferta pedir pagamento antecipado, taxas para “liberar” o dinheiro ou for boa demais para ser verdade, desconfie, golpes com empréstimos falsos são comuns.
3. O problema pode não estar só nas dívidas
Se o orçamento já está no limite todos os meses, mesmo sem atrasos, o empréstimo sozinho não resolve.
É preciso ajustar hábitos de consumo, cortar gastos e acompanhar o fluxo mensal para evitar que a situação volte a se repetir.
O que avaliar antes de contratar um empréstimo?
1. Compare as taxas de juros
Entre no site do Banco Central e consulte a ferramenta “Taxas de Juros”. Ela mostra quais bancos cobram mais e quais cobram menos para o tipo de empréstimo que você deseja.
2. Peça o Custo Efetivo Total (CET)
O CET inclui todos os encargos do empréstimo. Duas propostas com juros iguais podem ter CETs diferentes e a mais barata nem sempre é a que parece.
3. Verifique sua capacidade de pagamento
Especialistas em finanças pessoais recomendam não comprometer mais do que cerca de 30% da renda líquida com dívidas, um parâmetro frequentemente citado em estudos sobre superendividamento, como o relatório da Senacon.
4. Pesquise alternativas
Antes de pegar um empréstimo novo, vale negociar suas dívidas diretamente com os credores. Feirões como o Serasa Limpa Nome ou campanhas regionais.
5. Evite transformar dívida barata em dívida cara
Se você já tem um financiamento com juros baixos (ex.: imobiliário), não use outro empréstimo mais caro para “limpar” esse tipo de dívida. Troque apenas o que está realmente pesado: cartão, cheque especial e atrasos.
Afinal, empréstimo para pagar dívidas vale a pena?
Em resumo, sim, desde que o novo empréstimo ofereça juros menores, parcelas compatíveis com sua renda e uma oportunidade real de organizar a vida financeira. Quando usado com planejamento, o empréstimo pode ser uma ferramenta importante para sair do ciclo da dívida.
Entretanto, o empréstimo para pagar dívidas não é uma solução mágica. É necessário ajustar hábitos, entender para onde o dinheiro está indo e, sempre que possível, renegociar antes de contratar um novo crédito.
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